19: Sexta casa
Como duas mulheres brasileiras sem visto permanente, apenas provisório, Maria e Lilian viajaram com duas malas simples para a Itália.
Elas não tinham muito, elas tinham pessoas. Infelizmente não cabia nas malas. Mas foram algumas peças de roupa. Alguns sapatos e as partes de baixo. Era tudo isso, uma outra e a Nena no peito. Subiram no avião pela primeira vez na vida e sentaram nos seus lugares.
Era tudo simplesmente fantástico para a Lilian. Tudo o que ela pegava ela guardava na bolsa de mão. Desde a toalha até o sabonete do avião.
Para acordar, uma água quentinha para lavar o rosto. Um lanche gostoso e o almoço também. Era uma longa viagem... As paisagens da janela eram absolutamente altas e não dava para ver nada mesmo tentando ver de perto. Eram apenas nuvens densas, mas de vez em quando ela se assustava ao ver o mar.
Descendo do avião, foram em direção ao hotel. O diplomata Suzuki pegou suas milhões de bagagens. No hotel, Maria pegou seu quarto com sua filha. Arrumaram suas coisinhas nas prateleiras e sentaram na cama macia. Elas estavam em outro país, parecia que era uma viagem e elas pisavam em um mundo estranho que não tinha gravidade para deixar tudo no chão. E foi assim para Maria todos os dias.
Lilian estudou em uma escola paga pelo seu Suzuki todos os dias de manhã. De tarde ela passava o dia inteiro fazendo amizade com as pessoas do hotel e de todos os duplex que eles moraram. Com alguns meses sua cor não era mais branco, antes se tornara preta de tanto pegar sol na piscina. Sua mãe fizera amizade com todos os pais das suas amigas e amigos. Ela almoçava na casa deles e voltava para arrumar a casa do Seu Suzuki.
A Lilian conseguiu conhecer princesas e duquesas, fazer amizade com pessoas inesquecivelmente importantes e ricas. Todas as lembranças que ela ganhava ou presentes que gostava, guardava em uma mala.
Seus amigos escreveram muitas cartas para ela. Alguns marcavam com um beijo de batom, outros imprimiam o poster do cantor preferido. Pequenas frases em italiano para lembrar de amizades eternas.

Todos os meses ela passava na banca para pegar a revista das adolescentes. Fez amizade com o dono da banca também. Comprou várias fitas-cassete e gravou em áudio histórias e fez um áudio diário em italiano.
Quando chegava a época dos esportes, colecionava figurinhas junto com os outros adesivos que ela guardava porque não tinha coragem de usar.
Sua mãe cozinhava toda sorte de comidas elegantes e estrangeiras, brasileiras e gostosas sempre. A vida era simples, mas muito exclusiva. Cada toque de campainha era mágico, era diferente e emocionante.
Quase todos os últimos finais de semana do mês eles saíam juntos para os restaurantes, diversificar a refeição. Sentavam nas mesmas mesas e eram servidas pelos garçons que serviam o diplomata. As comidas eram saborosas e as regras de etiqueta foram ensinadas na mesa. Sua parte preferida era comer as famosas pizzas de mussarela que tinha apenas e exclusivamente molho de tomate e mussarela. Mas as lasanhas, macarrões e carne de porco eram bem comuns também.
A qualidade da comida e da decoração era algo que Lilian levaria a vida toda para sua mesa da mesma forma que a qualidade da educação de Nena na casa de seus padrinhos aperfeiçoou seu caráter. Maria rainha, mãe de duas eternas princesas.
Essas eram as rosas da casa, mas não eram flores cheirosas, eram mulheres de muito valor. E também usavam ótimos perfumes.
Elas não tinham muito, elas tinham pessoas. Infelizmente não cabia nas malas. Mas foram algumas peças de roupa. Alguns sapatos e as partes de baixo. Era tudo isso, uma outra e a Nena no peito. Subiram no avião pela primeira vez na vida e sentaram nos seus lugares.
Era tudo simplesmente fantástico para a Lilian. Tudo o que ela pegava ela guardava na bolsa de mão. Desde a toalha até o sabonete do avião.
Para acordar, uma água quentinha para lavar o rosto. Um lanche gostoso e o almoço também. Era uma longa viagem... As paisagens da janela eram absolutamente altas e não dava para ver nada mesmo tentando ver de perto. Eram apenas nuvens densas, mas de vez em quando ela se assustava ao ver o mar.
Descendo do avião, foram em direção ao hotel. O diplomata Suzuki pegou suas milhões de bagagens. No hotel, Maria pegou seu quarto com sua filha. Arrumaram suas coisinhas nas prateleiras e sentaram na cama macia. Elas estavam em outro país, parecia que era uma viagem e elas pisavam em um mundo estranho que não tinha gravidade para deixar tudo no chão. E foi assim para Maria todos os dias.
Lilian estudou em uma escola paga pelo seu Suzuki todos os dias de manhã. De tarde ela passava o dia inteiro fazendo amizade com as pessoas do hotel e de todos os duplex que eles moraram. Com alguns meses sua cor não era mais branco, antes se tornara preta de tanto pegar sol na piscina. Sua mãe fizera amizade com todos os pais das suas amigas e amigos. Ela almoçava na casa deles e voltava para arrumar a casa do Seu Suzuki.
A Lilian conseguiu conhecer princesas e duquesas, fazer amizade com pessoas inesquecivelmente importantes e ricas. Todas as lembranças que ela ganhava ou presentes que gostava, guardava em uma mala.
Seus amigos escreveram muitas cartas para ela. Alguns marcavam com um beijo de batom, outros imprimiam o poster do cantor preferido. Pequenas frases em italiano para lembrar de amizades eternas.

Todos os meses ela passava na banca para pegar a revista das adolescentes. Fez amizade com o dono da banca também. Comprou várias fitas-cassete e gravou em áudio histórias e fez um áudio diário em italiano.
Quando chegava a época dos esportes, colecionava figurinhas junto com os outros adesivos que ela guardava porque não tinha coragem de usar.
Sua mãe cozinhava toda sorte de comidas elegantes e estrangeiras, brasileiras e gostosas sempre. A vida era simples, mas muito exclusiva. Cada toque de campainha era mágico, era diferente e emocionante.
Quase todos os últimos finais de semana do mês eles saíam juntos para os restaurantes, diversificar a refeição. Sentavam nas mesmas mesas e eram servidas pelos garçons que serviam o diplomata. As comidas eram saborosas e as regras de etiqueta foram ensinadas na mesa. Sua parte preferida era comer as famosas pizzas de mussarela que tinha apenas e exclusivamente molho de tomate e mussarela. Mas as lasanhas, macarrões e carne de porco eram bem comuns também.
A qualidade da comida e da decoração era algo que Lilian levaria a vida toda para sua mesa da mesma forma que a qualidade da educação de Nena na casa de seus padrinhos aperfeiçoou seu caráter. Maria rainha, mãe de duas eternas princesas.
Essas eram as rosas da casa, mas não eram flores cheirosas, eram mulheres de muito valor. E também usavam ótimos perfumes.
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