20/26 para a Páscoa

Ouça Amorous Rebound Parte 2, Sumsar

Pilatos ficou pálido. Quando alguém é provado perante muitas pessoas, o sangue pode circular de tal forma devido a pulsação que a pressão abaixa. A multidão gritava mais ainda junto com os demônios personificados que guiavam a loucura da turba:

- Condene Ele, não é o suficiente! - turba

-De onde Você vem? Porque não me responde? Eu tenho o poder para te crucificar e te salvar. - Pilatos

-Não teria nenhum poder sobre mim se não tivesse sido autorizado por Alguém lá de cima. E quem me entregou nas suas mãos tem pecado mais que você mesmo (Caifás). - Jesus

Até o último sacrilégio Jesus apiedou-se dos pecadores e continuou sendo bom nas palavras. 

 -Pilatos, se você soltar Ele, contra César estará, seu único rei. Quer mudar de rei agora Pilatos!?

-Vou crucificar o rei de vocês?!

-Nosso rei é César.

Eles revelaram a intenção de tomarem posse do governo e não de ter um libertador. Não era como no Egito, escravos do Faraó e clamando por liberdade. Não é como na Babilônia, clamando pelo perdão. Agora eles mesmos querem tomar o poder para serem os escravizadores e dominadores dos povos. E ainda por cima em nome de Deus! Guerra Santa! Força e violência! Discurso de ódio! Eles querem ser os libertadores, e não serem libertos. Serem libertos de quê, se não sentes as correntes de nada em suas mãos!? São eles que acorrentam pelas suas ideias e vontades de poder. Eles não se incomodam com a fome ou o estupro, com o machismo ou o abuso financeiro, com as doenças e a discriminação. Essas eram as correntes, mas que pena... Ali está desmascarado o pecado... Eles mesmos precisavam de liberdade, mas eram orgulhosos de mais para se confessarem escravos. Preferiam se exaltar.

- Jesus é inocente. Vocês querem que eu faça o que!? Crucifique um inocente, já que é o mais terrível que posso fazer?!

A multidão não queria ser convencida da Sua inocência, mas queria, ser saciados com a Sua condenação. 

A cruz já o esperava encostada na parede para Barrabás ser crucificado. Ele e sua equipe estelionatária estavam parados numa cela esperando a hora antes de dar o pôr do Sol de sábado para a Páscoa, porque eles deviam morrer e ser jogados fora antes do sábado. Então, estavam nervosos porque já havia amanhecido e a qualquer momento iriam morrer.  O julgamento fora rápido, eles já sabiam que iriam morrer e os juízes não precisaram de muito trabalho, o caso estava absolutamente perdido, dignos de morte e da pior das mortes: cruz.

-Como de costume, um hábito muito bondoso e gentil de fazer uma boa ação social em nome da sociedade para ajudar os pobres e necessitados, distribuindo amor e perdão nesse dia tão bom de Páscoa, soltamos sempre uma pessoa criminosa para a liberdade. Apenas uma. - Pilatos.

Um alívio paira sobre Pilatos. Ele manda trazer Barrabás. 

-Barrabás ou Jesus?

-Barrabás!

- O quê?

-Barrabás!

-Não.

-Barrabás!

-Não pode ser.

-Barrabás!

Fraqueza: ''Característica da pessoa fraca, sem vigor físico; que está abatido; que apresenta desânimo; vulnerabilidade; sem ousadia; ponto fraco; que não possui uma virtude necessária para vencer uma luta; que não é capaz de se defender.''

Oportunidade: ''momento adequado, circunstância favorável para que alguma coisa aconteça; uma situação nova que traga benefícios.''

Amor: ''sentimento de afeição, paixão e grande desejo; desejar o bem a outrem.''

Sucesso: ''bom resultado de alguma coisa (um negócio, uma atuação, uma iniciativa); êxito; triunfo: o sucesso da operação deveu-se ao empenho da equipe. Boa aceitação de alguma coisa junto de alguém; aquilo que acontece; facto; acontecimento.''

Pilatos viu Jesus sendo levado para um lugar afastado onde vestiram-nO de vermelho e colocaram uma coroa de espinhos perante toda a corte na sala de audiência. esses espinhos eram grandes. Na sala todos gritavam:

-Rei dos Judeus. Salve!

Alguns se ajoelhavam na Sua frente e o adoravam de brincadeira. Algumas mãos batiam na coroa dele e os espinhos entravam na sua cabeça a ponto de alguns espinhos encostarem nos ossos do crânio até a cabeça dele gotejar sangue. Mas outras vezes entrava na testa e furava o crânio. Outras ainda furava a nuca prejudicando os órgãos vitais do Sistema Nervoso. Foram aproximadamente 18 horas totais de tortura antes da crucifixão segundo o perito Frederick Zugibe. Os espinhos atingiram ramos de nervos que provocam dores lancinantes quando são irritados, é o caso do nervo trigêmeo, na parte frontal do crânio, e do grande ramo occipital, na parte de trás. O pesquisador concluiu então que a planta usada para fazer a coroa de espinhos de Jesus foi o espinheiro- de-cristo sírio, arbusto comum no Oriente Médio e que tem espinhos capazes de romper a pele do couro cabeludo. Cuspiram no rosto de Jesus, mas não limpou, pois estava suja de sangue também e não haviam vestes para limpar. 

- Crucifica-O!

Pilatos hesitou muito enquanto Satanás muito se irritava pelo silêncio de Cristo. Tudo que Ele queria era a oportunidade de fazê-lo pecar antes de O matar por definitivo.

Até ali os anjos tinham simpatia de Lúcifer. Queriam ele de volta. Esse sentimento morreu junto com Cristo.

-O sangue de Jesus caia sobre nós judeus e nossos filhos! - sacerdotes.

Pilatos lavou as mãos e mandou açoitá-lo. Libertou Barrabás e entregou Cristo nas mãos da turba e dos soldados a mando da turba. 

Na identificação de Cristo colocou: Jesus Nazareno, Rei dos Judeus.

Todos gritaram e brigaram porque não queria que fosse assim escrito, mas que estivesse na primeira pessoa do singular: ''Eu sou o Rei dos Judeus''.

Pilatos ficou enfurecido com a pertubação em cima dele e a manipulação dos sacerdotes psicopatas e disse quase em gritos.

-O QUE EU ESCREVI, EU ESCREVI - friamente disse. 

Começaram os açoitesAs conseqüências médicas de um açoite são hemorragias, acúmulo de sangue e líquidos nos pulmões e possível laceração no baço e no fígado. ''A vítima também sofre tremores e desmaios'', diz o legista. Os açoites acabaram, as feridas nas costas de Cristo estavam abertas, mas Cristo estava quieto e vivo. Não há registros de quantos açoites foram, mas de acordo com a cultura judaica não poderia exceder 40 arrazoagues.  

Arrazoague: ''O azorrague era um instrumento de tortura comum na Roma Antiga, usado pelos soldados, para supliciar os condenados. Era composto por oito tiras de couro que, em cada ponta, possuía um instrumento perfurocortante, ou um pedaço de osso de carneiro. Tinha seu uso aplicado como pena subsidiária, em alguns casos, onde o condenado à morte deveria sofrer o castigo físico em público antes de ser executado.''

Referência:


Comentários

Postagens mais visitadas