Rua da frente da minha casa
Todo dia cai
Gota d'água e pedra
Outro dia vem
Fura o chão e prega
Um pedaço de madeira
Para ninguém passar
No buraco da ferida
Tem pó e restos
Migalhas e cacos
Ninguém anda descalço
Não tem prazer em pisar
Meios fios e calçadas
Terra e brita espalhadas
Em qualquer lugar
Hoje ela ainda lá
Estava a sangrar
A tinta lavada
De uma parede
Que ainda sustém.
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